17 de novembro de 2010

Há sempre qualquer coisa que me faz voltar...



Sam Weber: So how's your life?
Karen: Oh, great. How's yours?
Sam Weber: Not so great.
Karen: Ohhh, we're telling the truth. 

... a este filme *. Desta vez foi uma certa nostalgia de mim mesma. Tinha 10 anos a primeira vez que o vi, numa madrugada de sábado, durante as férias da Páscoa, na RTP 1. Pouco tempo antes, vira o Clube dos Poetas Mortos no cinema e, juntos, foram os filmes que mais me marcaram no início da minha pré-adolescência. Na altura compreendi-os melhor do que poderia imaginar (os visionamentos posteriores confirmaram-no) e tive consciência absoluta daquilo que cada um deles pretendia significar. 
Hoje tenho saudades daquela menininha sagaz. Faz-me falta aquela clareza. Sei que nem sempre me foi útil, ou melhor, sei que nem sempre foi bem entendida pelos outros, dando azo a uma adolescência introspectiva, demasiado virada para dentro. Sinto falta daquele olhar sereno e, ao mesmo tempo, astuto sobre o mundo. Por vezes sinto que me deixei quebrar algures pelo caminho.


* Que tem umas das bandas sonoras mais memoráveis, o elenco perfeito e cenas deliciosas.

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