14 de dezembro de 2010

Não foi um bom ano.

Dar graças. Agradecer o termos chegado até aqui. Olhar para as coisas boas e tentar agarrar-me a elas. Fazer das coisas más aprendizagem para o futuro. O que não nos mata fortalece-nos. Crescer a cada dia, num amadurecimento sereno, que não nos destrua por dentro, nem nos transforme em pedras em forma de gente, amargas e insensíveis. Dar graças. Apesar do sofrimento, das doenças, da constante sombra da morte nas nossas vidas. Enaltecer os pequenos (grandes) momentos, as cumplicidades, os sorrisos, as lágrimas partilhadas. Abraçar muito e cada vez mais. Aprender a pedir e a aceitar ajuda. Estar-me cada vez mais nas tintas para o que os outros possam pensar sobre a forma como vivo a minha vida, as minhas escolhas e o caminho que tenho traçado. Acarinhar as pessoas realmente importantes, os amigos verdadeiros. Não perder tempo com quem não me quer bem ou me faz mal. Dar graças. Por, apesar de tudo, estarmos todos aqui, hoje; por mais ninguém ter partido. Confiar no amanhã e acreditar que a vida se resolverá sozinha, com a nossa ajuda e vigilância. Aprender a viver com a nova realidade que a vida nos colocou à frente e tentar minimizar, dentro do possível, a adaptação dos outros. Ter a consciência plena de que a morte não me assusta minimamente, mas que o desaparecimento daqueles que amo me aterroriza cada vez mais. Dar graças. Por tudo e tanto. Apesar do vazio, do cansaço, da frustração. Reconhecer aqueles com quem posso contar, que estão sempre presentes, incondicionalmente. Se há coisa que os baixos da vida nos permitem, é separar o trigo do joio. Traçar planos concretizáveis, a curto e médio prazo. O prazo longo fica para as conservas, que isto a vida dá muitas voltas e temos que estar atentos e disponíveis para a acompanharmos. Acreditar mais em mim mesma e nas minhas capacidades. Parar de apontar apenas os limites, que servem somente para que os tentemos superar. Valorizar cada vez mais os meus instintos, o meu 6º sentido. Dar o meu melhor, sempre. Ter a sabedoria necessária para saber que o meu melhor hoje é diferente do meu melhor amanhã. Não ter vergonha de fazer perguntas e responder sempre que sei a resposta. Não deixar de ser quem sou, apenas porque os outros dizem não faças isso, não vás por aí, não sejas assim. Fazer aquilo que me faz verdadeiramente feliz e realizada, mesmo não correspondendo às expectativas dos outros. Ganhar coragem para fazer algo que há muito desejo/planejo fazer. Dar graças. Por ser amada e por ter (quase) todos aqueles que amo à minha beira.

* Estou em contagem decrescente para o final do ano. Não por gostar especialmente do Reveillon ou por o ir festejar de forma efusiva, mas pela oportunidade de virar a página e começar de novo que um novo ano sempre nos dá. Gosto de páginas em branco.

3 comentários:

Moony disse...

ly*

Moony disse...

psstt, os outros não sei, mas eu confio em ti...de olhos fechados!

Ly*

Mar* disse...

Oh..tu não contas bebé.

Nós somos para sempre, incondicionalmente, mesmo que não queiras...ou já alguma vez ouviste falar em ex-irmãs?!

Ly too*