22 de setembro de 2011

O peito como bússola.

Já que não estamos aqui só a passeio
Já que a vida enfim, não é recreio
Eu vou na bubuia, eu vou
Eu vou na bubuia, eu vou


Flutuo, navegando, sem tirar os pés do chão
Trezentos e sessenta e cinco dias na missão
Na bubuia, eu vou
Eu vou na bubuia, eu vou


Subo o rio no contra-fluxo à margem da loucura
Na fé que a vida após a morte continua
Eu vou na bubuia, eu vou
Eu vou na bubuia, eu vou


Entoo uma toada em dia de noite escura,
Na sequência, na cadência, na fissura,
Eu vou na bubuia, eu vou


Eu vou, suave, bebendo água na cuia

Olho aberto, papo reto, o peito como bússola
Nenhum receio do lado negro da lua
Que me guia na bubuia


Eu vou na bubuia, eu vou

O destino é um mar onde vou me desfazer
Contente a deslizar na correnteza do viver
Na bubuia eu vou
Eu vou na bubuia, eu vou..


- Céu, Bubuia

3 comentários:

Merenwen disse...

Adorei o poema. é de palavras como estas que preciso. para quando uma visita ao sul?
beijinhos

Mar* disse...

O poema e a música tocam-me mesmo muito...também ando precisada de palavras assim.

Está complicado sair daqui, mas, se não for antes, no início de Novembro dou um pulo à capital ;) miss u *

Anónimo disse...

Delícia de música!


Camila Faria